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2.2. MEDIDAS MITIGADORAS: SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS | ||
A indicação da estrutura
mitigadora adequada depende diretamente do tipo e magnitude do impacto
previsto, devendo ser embasada no diagnóstico efetuado, na
compatibilidade das espécies a serem protegidas com as
características das estruturas planejadas e na razoabilidade
do custo de sua implantação em
relação ao ganho ambiental. A
readequação de estruturas existentes ou com
múltiplo uso (pontes e bueiros, por exemplo) frequentemente
é uma alternativa viável e de menor custo do que
a instalação de uma estrutura
específica para a fauna, devendo ser inicialmente
considerada (CALTRANS 2009). O dimensionamento
e o espaçamento das passagens devem levar em
consideração as características do(s)
grupo(s)-alvo e dos ambientes: enquanto estruturas menores podem
atender às necessidades de pequenos animais, a
combinação de diversos tipos de estruturas
relativamente próximas tende a favorecer um maior
número de espécies, e aquelas de maiores
dimensões e mais espaçadas podem ser indicadas
para animais de maior porte. BISSONETTE & ADAIR (2008)
e BISSONETTE
& CRAMER (2008) indicam que, para grandes
mamíferos, a distância ideal entre passagens de
fauna em áreas sensíveis deva ser igual
à distância linear da área de vida
(raiz quadrada da área de vida) da(s)
espécie(s)-alvo. Figura 90. Representação esquemática dos tipos de topografia em que as rodovias se inserem: a) em nível, b) encosta ou corte/aterro, c) vale e d) elevação. Adaptado de CLEVENGER & HUIJSER (2011). Segmentos da rodovia em áreas planas permitem
a instalação da maioria das estruturas de
passagem da fauna, sendo por vezes necessária a
elevação do greide* para que as passagens
inferiores não fiquem em cota muito inferior à
área do entorno e, inversamente, rebaixamento do greide para
instalação de passagens superiores. Trechos em
vales são propícios à
instalação de passagens superiores, ao passo que
trechos em elevações ou sobre aterros oferecem
facilidade para implantação de todos os tipos de
passagens inferiores. Já as seções em
encostas ou em corte/aterro são as mais difíceis
para instalação das estruturas de passagem, sendo
recomendável o cercamento para
condução da fauna até um local em que
a topografia ofereça condições
propícias para sua implantação (CLEVENGER
& HUIJSER 2011). Conformações
topográficas deste tipo, entretanto, foram caracterizadas
como de menor risco de atropelamentos (BORKOVCOVÁ et al.
2012), quando comparadas com áreas planas.
Segmentos sinuosos, devido à reduzida visibilidade e
consequente menor tempo de resposta, tanto para o condutor quanto para
o animal silvestre, tendem a apresentar maior número de
atropelamentos (GRILO et al. 2011). |
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CONECTE
- Guia de procedimentos para mitigação de efeitos
de rodovias sobre a fauna |
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Atualizado
em: Tuesday, August 21,
2012 15:24
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