Links úteis:

Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias (UFRGS)

SIRIEMA - Spatial Evaluation of Road Mortality Software

REET Brasil - Rede Brasileira de Especialistas em Ecologia de Transportes

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA

 

 

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2.1. MEDIDAS MITIGADORAS: OPÇÕES EXISTENTES

Ao longo do tempo, diversas medidas foram propostas e implantadas, isoladas ou associadas, visando minimizar o impacto das rodovias sobre a fauna. Visam basicamente restabelecer algum grau de conectividade para minimizar o efeito de barreira e impedir os atropelamentos em pontos mais suscetíveis. A maioria delas, entretanto, carece de estudos que avaliem sua efetividade, especialmente se considerarmos respostas diferenciais por parte de espécies ou comunidades geográfica e estruturalmente distintas. O monitoramento previsto no processo de licenciamento pode, portanto, fornecer dados preciosos para a avaliação das diferentes alternativas no contexto brasileiro.

Diversas classificações são propostas para agrupar as medidas mitigadoras em um ou outro destes grupos, sendo a mais adotada aquela proposta por IUELL (2003), que agrupa as medidas conforme a ênfase no restabelecimento de conectividade ou na redução de atropelamentos. No primeiro grupo, se inserem as medidas relacionadas às passagens de fauna, inferiores ou superiores, enquanto no segundo grupo se insere o cercamento e medidas relacionadas ao manejo da fauna e do comportamento dos motoristas. Como frequentemente uma medida atende a ambas finalidades, em maior ou menor grau, o grau de artificialidade e subjetividade deste sistema de classificação é bastante alto. Portanto, optou-se por propor uma classificação das medidas mitigadoras baseado na sua forma de implementação (medidas estruturais ou ações de manejo), sendo a segunda subdividida em ações direcionadas ao comportamento dos motoristas/tráfego e comportamento da fauna.

Independente do método de classificação, é importante conhecer os tipos de opções existentes para que se possa selecionar aquela mais adequada à determinada situação. Na Tabela 4 são sumarizadas as medidas conhecidas, sendo as mesmas avaliadas quanto a sua efetividade na minimização de impactos aos diferentes grandes grupos da fauna. Posteriormente, as características de cada medida são apresentadas de forma detalhada.

Tabela 4. Medidas conhecidas para mitigar o impacto de rodovias sobre a fauna.
Tipo Medida mitigadora Grupo biológico
I H A M
Intervenções Estruturais
1
Passagens inferiores        
2
Passagens inferiores grandes        
3
Passagens inferiores multiuso        
4
Túneis para anfíbios e répteis        
5
Ecodutos ou pontes de ecossistemas*        
6
Passagens superiores        
7
Passagens superiores multiuso        
8
Passagens no estrato arbóreo        
9
Túneis rodoviários        
10
Viadutos e elevadas        
11
Pontes e pontilhões        
12
Bueiros modificados        
13
Barreiras anti-ruído*        
14
Ampliação do canteiro central        
Manejo
Usuários
1
Campanhas educativas      
2
Sinalização viária    
3
Limitação da velocidade  
4
Redução do volume de tráfego*  
5
Interdição temporária*  
6
Sistemas de detecção de fauna*      
7
Alerta e afugentamento*      
Biológico
8
Balizas*      
9
Alimentação*      
10
Remoção de carcaças      
11
Modificação do hábitat      
12
Cercas e barreiras      
13
Redução populacional*      

Legenda:   Recomendada     Eventualmente adequada     Eficácia indeterminada   Inadequada
 
*Sem uso conhecido no Brasil  
I = ictiofauna, H = herpetofauna, A = avifauna, M = mastofauna.
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CONECTE - Guia de procedimentos para mitigação de efeitos de rodovias sobre a fauna
©2012 Mozart S. Lauxen e Andreas Kindel

Atualizado em: Tuesday, August 21, 2012 15:25